sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O Artista e A Paixão Pelo Cinema

       
       Você sabe quando o cinema conseguiu pela primeira vez "falar" com os expectadores?

     Em 1927 o cinema com sons gravados apareceu para todos, uma evolução cinematográfica enorme, porém um regresso para o clássico cinema mudo, cada vez mais sendo esquecido e deixado na sombras. Para se ter ideia, em 1928 foram feitos 294 filmes, destes 220 eram mudos. No ano seguinte dos 290 feitos, apenas 28 não tinham sons.


     Então esta transição pegou muita gente de surpresa, como atores e diretores. E o filme "O Artista" conta exatamente esta história. Sobre um famoso ator chamado George Valentin (Jean Dujardin), galã de muitos filmes mudos de sucesso, bajulado por fãs e amado por críticos, George vê seu mundo virar de ponta cabeça da noite para o dia, quando todos querem saber de um cinema novo, um cinema onde é possível ver um barulho de talheres tilintando, de risos desprevenidos e onde o rosto dele significa o passado do cinema.


     Paralelamente a aspirante a atriz Peppy Miller (Bérénice Bejo), que já tentara sua vez no cinema mudo ao lado de George, começa a ganhar espaço neste novo ramo do cinema. Ela se transforma em um "Rosto com voz" - expressão que os produtores dos novos filmes anunciaram sua nova estrela.. Assim o caminho destes dois - artistas que estão vivendo o mesmo momento, mas se encontram em realidades diferentes - se cruzam no decorrer de maravilhosos cem minutos de projeção. 


     As personagens passam por momentos tristes, engraçados, encantadores, com a impecável atuação do francês vencedor do Oscar Jean Dujardin, atuação tal que torna difícil de acreditar que o filme foi feito em 2011, o ator desfruta de expressões fortes que mostram uma palavra que não se ouve. É interessante também observar sua atuação perto de Uggie, um cachorrinho que por muitas vezes rouba a cena do filme.  Já Bérénice Bejo e sua beleza simples dão um ar de leveza, seja nas cenas que ela está dançando graciosamente ou seja nas cenas que com Dujardin dá um espetáculo no quesito química.


      Assistir O Artista é ser levado para a época de Charlies Chaplin e D.W.Griffith, dois dos maiores mestres do cinema mudo, isso porque o filme se passa inteiramente em preto e branco e sem uma voz, o que  transforma o filme em uma viagem para a época de 1927, quando o cinema era mudo. O telespectador sente-se da mesma forma como as pessoas da década de 20 se sentiram, quando a transição inesperada acontece, quando os artistas passam a ter uma voz.


   O Artista é um filme que com um enredo leve, uma bela fotografia em preto e branco, uma ótima trilha sonora e uma simplicidade incrível faz qualquer pessoa se apaixonar pelo cinema.




6 comentários:

Suzane Weck disse...

Ola meu amigo,gostei muito de te conhecer e ao teu blog.Excelente as fotos e o texto sobre o filme "O Artista".Tenhas um ótimo fim de semana e deixo aqui meu abraço.SU.

Gabriel Alves disse...

Obrigado SU, adorei seu blog, ele foi um dos primeiros que encontrei.

Bússola do Terror disse...

Oi!
Legal o seu blog! Linkei ele lá no meu blog.

Maxwell Soares disse...

Olá, Gabriel. Parabéns pelo blogger. Excelente filme este. Vi e adorei. Dignos as 5 grandes premiações que levou. Um filme rico em beleza e encanto. E o seu espaço, aqui, é fantástico. Não poderia deixar de seguí-lo. Um abraço. Dê uma passada lá. Até...

Gabriel Alves disse...

Valeu mesmo :D

Gabriel Alves disse...

Realmente, um sucesso novo do cinema antigo.